sábado, 16 de agosto de 2008

Ao tentarmos entender a educação destacamos todos os pontos negativos que ela tem, inclusive hoje se tornou hobby falar dos seus pontos negativos; péssima estrutura,incompetência do corpo docente e indisciplinas dos discentes.
Fatos consumados e com vasta literatura, entretanto diagnosticar esta instituição sem fazer referência a que sociedade ela está contida torna-se uma verdade sem fundamentos.
Qual sociedade então nós queremos? Quais máscaras irão usar no século das máquinas que tem sentimento? O que vamos ensinar nas escolas? O que é ético na escola? Quais verdades têm que ser omitida? Temos ou não seriedade no ato de ensinar?
Bem desculpe não ir de encontro as suas expectativas, mas não sou auto - ajuda, não tenho respostas, só péssimas perguntas que envolvem o papel de agente que uma educadora possui.
Coordenadas por um Estado que está comumente vinculado a uma economia capitalista onde se faz uma exploração na dominação do individuo, a tendência predominante é a de fornecer informações e um tipo de mentalidade de pensamento que não favorecem uma
percepção crítica da realidade.
Quando falamos da sociedade capitalista e do Estado, estamos falando de uma perspectiva de análise que enfatiza a dimensão econômica e política. Isso pressupõe que as relações de poder se configuram nessa macroestrutura econômica e política.
E essas mesmas lógicas de dominação vão se reproduzindo nas micro relações, nas relações de diferentes instituições político-sociais. Então existe uma concepção de poder que vai do macro para o micro, do alto para baixo.
A arte educar têm que ir além do alto para baixo ou da concepção maniqueísta de poder, se temos está sociedade não criaremos uma que possua um bolo metafórico que incha e depois divide, sem bolos porquê farinha de trigo está caro, a sociedade que nós temos como proposta, tem que ser mais solidária, menos competitiva, resumindo menos rede Globo.
A escola ainda é o principal foco de organização, sistematização e transmissão do conhecimento e o educador e o educando, os principais agentes nesse processo, embora divida a tarefa de educar com outros núcleos sociais, como a família, as comunidades e os meios de comunicação. A relação entre educação, escola e sociedade é alvo de uma transformação contínua, que influencia os modelos vigentes de educação, de escola e de sociedade. O desenvolvimento da escola guarda estrita relação com o desenvolvimento da sociedade e vice-versa. É através do conhecimento, do domínio da ciência e do desenvolvimento tecnológico que o homem adquire
meios para compreender e transformar.
No mundo em que vivemos a geração da riqueza está profundamente relacionada à capacidade de produzir conhecimento e tecnologia. Como conseqüência, a escola assume um papel vital no desenvolvimento socioeconômico de uma nação. Facilitador no processo de transmissão do conhecimento, o educador tem também a missão de colaborar para a formação dos valores e de uma base ética que oriente o uso correto do saber científico, estético e tecnológico. Em um mundo com fronteiras cada vez menos definidas, passamos a conviver com novos conceitos histórico-geográficos, culturais, econômicos e comerciais.
Diante disso, os horizontes da escola devem expandir-se na mesma proporção, trabalhando com realidades mais amplas e fazendo-se mais presente na comunidade em que está inserida.

Referência:
Matias, Reinaldo. Educar para quê?
Contra o autoritarismo da relação pedagógica na escola.

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